Sábado, 29 de Novembro de 2008

Manuel Soares Castello: Cavaleiro de Alternativa

Numa tarde do ano de 2003, fui a Golegã falar com o Sr. Joaquim Trancas de Oliveira Lucas.

Três horas de conversa sobre um Grande Homem – Manuel Soares Castello.

Desde jovem, Joaquim Lucas lembra-se dos vários momentos que conheceu o cavaleiro.

O seu pai, negociante em cavalos, era um grande amigo de Soares Castello e de vez em quando juntavam-se na sua casa.

Joaquim Lucas tem na sua garagem um pequeno museu onde colecciona panfletos, cartazes e recortes de jornais) sobre tauromaquia.

 

O Cavaleiro Manuel Soares Castello foi uma personagem que nasceu no dia 27 de Dezembro de 1899 na aldeia de Rio de Moinhos e foi cavaleiro de alternativa onde fez a sua bênção no dia 27 de Março de 1932 no Campo Pequeno.

 

Manuel Soares Castello

 

Existem dois livros de 1931 e de 1932 que refere este cavaleiro, as suas corridas e a forma como toureava

Em 1932, realizou 12 corridas das quais 3 no Campo Pequeno.

 

 

Transmitiu-me que foi no dia 3 de Setembro de 1939 que Manuel Soares Castello foi o cavaleiro escolhido para a inauguração da Praça de Touros de Abrantes. No entanto, não me mostrou qualquer documento a confirmar esta informação.

 

No artigo do jornal de Abrantes de 1932, pode-se ler:

Recebe alternativa, na Praça do Campo Pequeno, no próximo dia 27, Domingo de Páscoa, a convite do distinto bandarilheiro e mestre de toureio Luciano Moreira.

É bem merecida, pois o seu trabalho como amador em várias praças do país já de há muito lho impunha pelo muito que eram apreciadas as suas faculdades, tanto mais, que, Manuel Castelo tudo quanto é na arte de Marialva a si o deve.

Sem ter tido escolas, quer de hipismo, quer de toureio, mas apenas com as suas aptidões naturais e grande força de vontade, conseguiu fazer-se, nos intervalos que a sua vida de negócio lhe permitiam, um cavaleiro destro e um toureador destemido, qualidades que o público lhe tem reconhecido não lhe regateando aplausos que o levaram a ser consagrado artista.

Nunca, Manoel Castelo se sentiu envaidecido, e entregue com o seu pai ao negócio de gado a cavalar tem corrido quasi todas as feiras do país, sendo conhecido em todas como um dos mais conhecedores nesse ramo de negócio e muito estimado pelos seus dotes de trabalho e delicadeza de trato.

Pode bem dizer-se que a sua escola de montar, foram as feiras, experimentando cavalos de toda a espécie desde criança; a de tourear teve o seu início em 1920, como curioso, montado num vulgaríssimo cavalo de negócio, na praça de Sobral (V. de Figueira) em que demonstrou desde logo a sua vocação.

Quis o acaso que ele viesse um dia a possuir, também um predestinado, o seu belo cavalo “Nobre”; completaram-se, cavalo e cavaleiro, dois produtos apenas com as faculdades com que a Natureza os dotará, conquistaram nome nas várias praças em que Manuel Castelo tem trabalhado, como amador, em Abrantes, Ponte de Sôr, Barquinha, Tomar, Riachos, Chamusca, Elvas, Nazaré, Évora, Faro, Viana do Castelo, Coimbra, Figueira da Foz, Niza, Vila Nova de Gaia, Matosinhos, Moita, Azaruja, Algés, Vila Franca de Xira, etc.

Jornadas longas em que lhe têm sido tributados fartos aplausos do público ao seu trabalho triunfador a par da simpatia merecida pela sua modéstia pessoal.

E, é assim que Manuel Castelo se apresenta honestamente a receber alternativa na primeira praça do país.

O povo de Rio de Moinhos bem pôde orgulhar-se em ter este rapaz por conterrâneo, devendo fazer-se representar nessa tarde de festa para a sua terra e expressar-lhe as suas justas homenagens e nós que o apreciamos desde criança, desejamos-lhe sinceramente um dia de assinalada gloria como debute da sua carreira artística, pois bem o merece.

 

Muito poucas pessoas se lembram deste grande cavaleiro.

Só os mais velhos sabem da sua existência.

Fica este registo para as memórias futuras da história da freguesia de Santa Eufémia.

 

Agradecimento pessoal ao Sr. Joaquim Trancas de Oliveira Lucas (Golegã) e ao Jornal de Abrantes.

 

Aviso importante:

O plágio é o acto de assinar ou apresentar uma obra intelectual de qualquer natureza (texto, música, obra pictórica, fotografia, obra audiovisual, etc.) contendo partes de uma obra que pertença a outra pessoa sem colocar os créditos para o autor original. No acto de plágio, o plagiador se apropria indevidamente da obra intelectual de outra pessoa, assumindo a autoria da mesma.

Retirado de: http://pt.wikipedia.org/wiki/Plágio

 

Qualquer pessoa pode utilizar parte dos textos ou fotografias deste blog mas deve sempre mencionar o(s) seus autor(es).

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publicado por riodemoinhos às 17:37
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